Seminário Pontifício| 2° Formação
2° Formação| Veste dos Diáconos e Funções do Diácono no apostolado: Liturgia, Homilética e Vida comunitária
O Diaconato
O Diácono é o título dado ao primeiro grau da Ordem, pertencente à igreja católica. Os diáconos estão encarregados de executar o “serviço do ministério de Deus”, deixando de ser um simples leigo e passando a pertencer ao grupo do clero.
A palavra diácono surgiu a partir do grego diakonos, que significa “atendente” ou “servente”. De acordo com a doutrina, o diácono católico é o “servo de Deus”, espalhando a Sua palavra e ajudando a construir o Seu reino junto aos fiéis na terra, conforme as necessidades da igreja.
O ministério diaconal surge, biblicamente, quando na última ceia, Nosso Senhor institui o ministério do serviço, ao lavar os pés de seus discípulos, demonstrando que aquele que quer ser servido, deve servir, ou seja, aquele que quer seguir o ministério eclesial, deve como primeiro passo, aprender a servir como Jesus serviu.
E o ministério diaconal tem como sua primeira dimensão no serviço, seja ele na Liturgia, na Comunidade em que atua e na Igreja Particular a qual pertence, auxiliando seu pastor e seus irmãos sacerdotes.
O Apóstolo São Paulo, em suas cartas as comunidades cristãs, vai designar os primeiros pré-requisitos para os que vão ser eleitos e exercerão o ministério do 1º grau da ordem:
“Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos, Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos; O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa”
I Timóteo 3, 8-12
Logo, as funções do diácono, em tese, são primeiramente, auxiliar na Liturgia, sendo eles responsáveis pela proclamação (e explicação) do Evangelho, apresentação das Oblatas sobre o altar, distribuir a sagrada comunhão, seja dentro ou fora da Santa Missa, e despedir o povo.
As funções do diácono na comunidade são, por sua vez, a ministração dos sacramentos, como o Batismo e o Matrimônio, porém não podem consagrar, mas podem conduzir a Celebração da Palavra, nas comunidades onde não se pode ter a presença de um sacerdote com muita frequência. Também podem fazer uso do ritual de bençãos como os sacerdotes e bispos.
E por fim, as funções diaconais dentro de suas Igrejas Particulares (Arquidioceses ou Dioceses) são as de auxiliar os serviços dos demais sacerdotes e do seu Pastor Diocesano, seja como vigário em Paróquias, administrador de Capelanias ou trabalhando formalmente na Cúria e/ou no Seminário Arquidiocesano.
O diácono pode exercer seu ministério em 2 funções:
Diaconato Transitório – Exercício do Diaconato em função da formação sacerdotal. Diácono que será ordenado Padre.
Diaconato Permanente – Exercício do Diaconato não em função da formação sacerdotal. Diácono pode ser já casado na igreja ou celibatário, mas não será ordenado Padre.
Funções do Diácono na Santa Missa
Durante a função litúrgica da Santa Missa, o diácono, como já explicado, é responsável pela Proclamação do Evangelho, Apresentação das Oblatas e Despedida do Povo.
Para anunciar o Santo Evangelho, o diácono deve seguir alguns parâmetros durante a missa. São estas:
O diácono deve se levantar no local em que estava sentado, ir diante do celebrante da missa, ajoelhar-se (agachar) e pedir a benção para proclamar o evangelho.
Após o celebrante da Missa conceder a benção, o diácono deve se conduzir ao ambão para realizar a leitura.
IMPORTANTE: se a missa não for dominical ou não for uma solenidade, o diácono dirige-se até o ambão e lê o Evangelho do lecionário. Caso a missa seja solenidade ou dominical, o diácono depois de pedir a benção ao celebrante, dirige-se ao altar, pega o evangeliário e o ergue. Ao chegar no ambão, ele depõe o evangeliário para realizar a leitura.
O diácono abre o livro dos Evangelhos e diz à assembleia:
Caso a missa seja dominical ou solene, o diácono fecha o evangeliário, pega-o, ergue-o, leva-o até o celebrante e entrega-o ao mesmo, este irá abençoar os presentes e depois devolver. O diácono pega o evangeliário novamente e o depõe no ambão, depois de beijá-lo.
Não sendo uma missa dominical ou solene, o diácono apenas beija o lecionário e volta ao seu lugar.
Além de divulgar a palavra do Evangelho, pode ser que o celebrante designe ao diácono a tarefa de preparar o altar para o ofertório do Corpo e Sangue de Cristo. Isto é feito da seguinte forma:
(desta forma, para missas mais simples)
(desta forma para missas mais solenes)
Outra função importante do diácono na Santa Missa, é a elevação do cálice na doxologia final da Oração Eucarística. Para a melhor compreensão, doxologia final é a frase que o celebrante recita ou canta ao fim de cada Oração Eucarística:
"Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, agora e para sempre."
Antes que o celebrante da sagrada eucaristia inicie esta frase, o diácono deve tomar o lugar de um dos concelebrantes principais da missa, que são aqueles que ficam mais perto do celebrante no altar. Após tomar o lugar de um deles, o cálice será entregue pelo celebrante ao diácono, que deve mantê-lo elevado até o fim da recitação ou do canto do
"Amém.", que é a forma como respondemos a doxologia. Assim que abaixar, o Diácono deve retornar ao lugar em que se encontrava antes.
Funções do Diácono na Comunidade Homilética
Como mencionado, o Diácono também exerce funções no meio da comunidade cristã, auxiliando os bispos e sacerdotes no ministério sacerdotal, e um desses primeiros serviços é a explicação da Palavra de Deus a comunidade, através das Homilias e Pregações.
Dada a sua natureza litúrgica, a homilia possui também um significado sacramental: Cristo está presente, seja na assembleia reunida para escutar a sua palavra, seja na pregação do ministro, através do qual o Senhor mesmo, que falou uma vez na sinagoga de Nazaré, agora ensina o seu povo.
O Papa Francisco observa que a homilia “é um gênero peculiar, já que se trata de uma pregação no quadro de uma celebração litúrgica; por conseguinte, deve ser breve e evitar que se pareça uma conferência ou uma aula” (EG, n. 138). A natureza litúrgica da homilia ilumina, portanto, a sua peculiar função. Ao levar em consideração tal função, pode então ser útil explicar o que a homilia não é.
A homilia não é um sermão sobre um tema abstrato; em outros termos, a Missa não é uma ocasião, para o pregador, afrontar argumentos completamente desligados da celebração litúrgica e das suas leituras, ou para fazer violência aos textos previstos pela Igreja, contorcendo-os para adaptá-los a uma ideia preconcebida. A homilia não é nem mesmo um puro exercício de exegese bíblica.
O que é então a homilia? Dois breves extratos das Introduções dos livros litúrgicos da Igreja começam a fornecer uma resposta. Antes de tudo, na Instrução geral do Missal Romano lemos: A homilia é parte da liturgia e vivamente recomendada, sendo indispensável para nutrir a vida cristã. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário ou do Próprio da missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.
Assim, pois, a homilia, quer explique as palavras da Sagrada Escritura que se acaba de ler, quer explique outro texto litúrgico, deve levar a assembleia dos fiéis a uma ativa participação na Eucaristia, a fim de que
“vivam sempre de acordo com a fé que professaram”. Com esta explicação viva, a Palavra de Deus que se leu e as celebrações que a Igreja realiza podem adquirir maior eficácia, com a condição de que a homilia seja realmente fruto da meditação, devidamente preparada, não muito longa e nem muito curta, e de que se levem em consideração todos os presentes, inclusive as crianças e o povo, de modo geral as pessoas simples.
Nesta aula veremos, como formular uma homilia, como aplicar a homilia e como não cometer muitos erros em uma homilia.
Por que usar da homilética no ambiente virtual?
Em primeiro lugar, é conveniente ressaltar que este uso, serve para instruir os outros irmãos, através da luz da doutrina do evangelho, que também leva ao sentido da “eloquência” (desenvoltura) de cada interpretação das leituras.
Ela pode e deve ser utilizada nas Missas (principalmente as missas dominicais, cujo são obrigatórias), em pregações como Retiros, Palestras e diversos encontros, onde seja oportuno a meditação da palavra de Deus, e que seja necessário a explicação dela.
Também é recomendado que não se faça uma homilia de última hora, ou seja, que se faça um momento de oração particular e meditação da palavra, para aí sim formar a homilia.
Requisitos para uma boa homilia
Meditação da palavra:
O primeiro e mais importante de todos os pontos, é que sem uma devida meditação prévia da liturgia, seja ela a liturgia diaria, ou de alguma passagem em específico, sempre se aconselha ler o texto, e meditar sobre a “mensagem central” (o tema) do que será abordado.
Fixação dos principais pontos da leitura:
O segundo requisito é a fixação (deixar fixo) dos principais pontos das leituras ou da passagem a ser meditada, pontos esses que podem servir de apoio e até mesmo serem citados durante a homilia.
Estrutura de uma Homilia:
O objetivo:
Em geral, o objetivo sempre se baseia no que você quer levar com a homilia, a que ponto de formação você pretende chegar. Por isso se utiliza um objetivo em específico, para que tudo citado seja “encaminhado” a esse objetivo.
A introdução:
A introdução é a abertura de toda reflexão, e ela pode começar de várias formas, seja apontando o que será abordado (o tema), seja
apresentando um ponto/passagem da liturgia, e etc.
O Tema:
O tema é aquilo que é o centro de toda pregação, ou seja, aquilo que estará em comum em todas as leituras, (primeira, segunda, salmo e evangelho) seria o chamado ponto em comum, de todas as leituras, é aquilo que vai juntar tudo. Geralmente essa parte é descoberta na meditação, quando se averígua as leituras.
O Desenvolvimento:
O Desenvolvimento, é todo o enredo explicativo, ou seja, toda a explicação extraída da liturgia, lembrando-se sempre do objetivo e do tema, logo, os dois servem de apoio para amparar a explicação. Com isso podem ser usados vários meios de exemplificação, seja um “causo”, uma outra passagem da sagrada escritura e etc.
A Finalização:
Por fim, se encerra com as “considerações finais”, um breve resumo de tudo, e mostrando por fim, qual é a lição de vida que aquela passagem/liturgia do dia quer nos ensinar. Pode se encerrar com uma oração, ou com uma reflexão mais aprofundada.
Funções do Diácono na Comunidade: Vida Comunitária
O diácono, como citado anteriormente, também lhe pode ser atribuíveis responsabilidades quanto ao cuidado do Povo de Deus, chamada assim de Missão Pastoral ou Pastoralidade.
Nesta aula, definiremos o que é “Missão Pastoral”, e as formas de atuação pastoral dentro da Comunidade Católica de Minecraft..
Missão Pastoral ou Pastoralidade:
A palavra “pastoral” deriva de pastor, que era um elemento constante no mundo bíblico. Na simbologia bíblica, Deus é comparado ao pastor, aquele que tem ao mesmo tempo autoridade e solicitude para com suas ovelhas. Jesus Cristo também é comparado ao bom pastor no Evangelho de João.
Embora a missão fundamental e essencial da Igreja seja no que diz respeito à salvação das almas — isto é, no âmbito espiritual – opera também, quanto a aplicação prática de sua doutrina por meio do serviço em favor dos fiéis e não fiéis.
Funções Pastorais do Diácono:
O Diácono possui como funções principais fora da liturgia, as mesmas funções do sacerdote, com exceção da ministração dos sacramentos da Penitência, Confirmação e a consagração das espécies eucarísticas. Contudo pode e deve auxiliar a comunidade em que reside, com as seguintes atividades práticas:
– Celebração da Palavra de Deus
– Assistir Cerimônias de Casamento Religioso
– Auxiliar na distribuição da Unção dos Enfermos
– Pregar aos fiéis leigos, sempre que possível
– Rezar orações comunitárias como:
° Liturgia das Horas (Podendo conduzi-las em comunidades religiosas, sendo ele um religioso ordenado)
° Rosário e/ou devoções marianas.
° Via-sacra e demais devoções a Paixão do Senhor.
° Hora Santa e demais devoções eucarísticas.
Por fim, o diácono também pode, dependendo da ocasião, designado por seu Bispo Diocesano (ou seu Superior Geral), assumir a gestão de uma capelania, na falta de um sacerdote na região, devendo ainda convidar outros sacerdotes para celebrar ao menos de 15 em 15 dias a Santa Missa em sua comunidade.
Dentre estes e outros ofícios que podem ser encontrados em diversas necessidades em suas devidas regiões episcopais, remetem sempre ao mesmo significado do Diaconato, o serviço pleno ao povo de Deus.
PARAMENTOS DIACONAIS
Dalmática: Representa o avental do serviço, utilizado no Lava-pés da Última Ceia por Nosso Senhor. É usada por cima da túnica e da estola. Sua cor altera conforme o tempo litúrgico.
%2012.30.06_281c775d.jpg)
%2012.51.02_0af91f8b.jpg)
%2012.51.02_765f1830.jpg)
%2018.23.09_20e420b7.jpg)
%2018.48.01_4ddb3ec1.jpg)






Comentários
Postar um comentário