3° Formação| Veste dos Presbíteros e Funções do Presbíteros no apostolado: Vida Comunitária, Santa Missa e Sacramento
O presbiterato é um sacramento da ordem em um nível acima do diácono. No Novo Testamento, tratam-se dos líderes das congregações cristãs locais.
Na Igreja Católica, o presbítero (padre) é aquele que recebe o Sacramento da Ordem em seu segundo grau, sendo o primeiro grau o de diácono e o terceiro grau o de bispo.
Portanto, é considerado um estágio intermediário na hierarquia do clero católico.
Usa o título religioso de padre, do latim pater, que significa pai [num sentido religioso]”.
Dependendo da sua função em uma paróquia, caso esteja funcionando em uma, pode ser um pároco, se é a autoridade religiosa máxima na paróquia, ou vigário, caso se encontre subordinado a outro padre na mesma paróquia.
Data-se a origem bíblica do Sacerdócio a partir da instituição do Mistério Eucarístico, quando o Senhor diz: “Fazei isto em memória de mim” Lucas 22,19; e confirma sua instituição sobre os Apóstolos na sua primeira aparição após a ressurreição “Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos.” João 20,21–23.
Logo, quando vemos o Ministério Presbiteral, contemplamos o segundo passo à plenitude do Sacramento da Ordem, onde o diácono, depois de formado e forjado na pastoralidade, pela imposição de mãos e oração consecratória de um bispo legítimo, torna-se digno de celebrar pelo povo e para o povo, o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, e também de ministrar com total competência e validade os demais sacramentos, exceto a ordenação de novos ministros ordinários.
Além disso, o sacerdote também assume ofícios maiores, seja como Pároco ou em outras demais funções a nível territorial de onde está incardinado, de acordo com as disposições e necessidades do pastoreio.
E antes de tudo, o Sacerdote não é Sacerdote para si, mas sim, para o serviço do Povo de Deus a ele confiado.
Funções do Presbítero no Apostolado: Vida Comunitária
Assim como o diácono, o presbítero não deixa de exercer as mesmas funções que este já a fazia, como a condução de orações comunitárias e demais funções formativas ao povo de Deus, logo, o sacerdote prossegue realizando a mesma Missão Pastoral que já desempenhava como diácono.
Porém com o ministério recebido, o presbítero agora há de desempenhar um trabalho maior em sua região episcopal, sendo designado principalmente ao ofício de Pároco ou vigário de uma Paróquia, comunidade essa que pode se estender bem mais que uma capelania, e assim também, assumir ofícios à nível territorial como as seguintes funções:
– Chancelaria: Manutenção e Arquivamento de documentos de uma região episcopal (Diocese ou Arquidiocese)
– Tribunal Apostólico: Resolução de Infrações do Código de Direito Canônico à nível territorial e/ou Validades Matrimoniais
– Exorcismo: Atender casos de obsessões/possessões e demais incidências sobrenaturais com autorização de seu Prelado/Superior.
– Coordenação de Movimentos de Pastoral à Nível Territorial
– Vicariato Geral: Representação do Bispo em sua ausência em ocasiões litúrgicas como posses canônicas.
E além de realizar todos esses serviços fora das obrigações litúrgicas, o presbítero pode celebrar com plenitude os seguintes sacramentos e abençoar/assistir determinadas ocasiões
– Exposição e Benção do Santíssimo Sacramento
– Iniciação Cristã: Admitir novos cristãos pelo batismo e lhes ministrar a primeira comunhão sacramental
– Assistir Cerimônias de Casamento Religioso
– Sacramentos da Vida Cristã: Ouvir confissões e ministrar a Unção dos Enfermos aos mais necessitados
– Abençoar Pessoas, Objetos e Lugares
– Atender em ritos paralitúrgicos: Ministrar exorcismos e orações de cura e libertação aos mais necessitados.
Funções do Presbítero no Apostolado: Santa Missa
É conhecido de que sempre, desde toda antiguidade, a humanidade tem buscado a forma perfeita de executar um rito louvor, penitência e ação de graças a Deus, e desde a Era Mosaica, esses fins eram divididos em vários rituais executados por todo o ano corrente.
Mas em Cristo, em seu Santo Sacrifício, reúne todos esses rituais em um único, com um fim específico de alcançar a Salvação da Humanidade sobre ele mesmo, e render ao Pai, uma eterna Ação de Graças, uma eterna Penitência e um eterno Louvor.
1346. A liturgia eucarística processa-se em conformidade com uma estrutura fundamental, que se tem conservado através dos séculos até aos nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos, que formam basicamente uma unidade:
– a reunião, a liturgia da Palavra, com as leituras, a homilia e a oração universal;
– a liturgia eucarística, com a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão.
Liturgia da Palavra e liturgia eucarística constituem juntas “um só e mesmo ato de culto” (177).
Com efeito, a mesa posta para nós na Eucaristia é, ao mesmo tempo, a da Palavra de Deus e a do corpo do Senhor (178).
Trecho do Catecismo da Igreja Católica sobre a Santa Missa.
E como visto, apenas os ministros ordenados a partir do 2º grau da ordem é que são dignos de abençoar o pão e o vinho “a fim de que se tornem para nós, Corpo e Sangue de Cristo”.
E assim, daremos início as formações de como proceder a Celebração da Santa Missa. Lembramos que, também, como não somos ministros devidamente ordenados, não nos é incumbente “rezar a missa” com devidas intenções de consagrar ou realizar atos como o Cristo Sacerdote presente em cada Padre e Bispo legitimamente ordenado na vida real.
O intuito da Santa Missa em Minecraft é apenas o de Reunir a Comunidade em Ação de Graças pela Evangelização no mesmo ambiente virtual.
As Partes da Santa Missa
– Ritos Iniciais
Saudação Inicial
Ato Penitencial
Hino de Louvor
Oração do Dia
– Liturgia da Palavra
Primeira Leitura
Salmo Responsorial
Segunda Leitura
Evangelho
Homilia
Profissão de Fé
Preces da Comunidade
– Liturgia Eucarística
Apresentação das Oferendas
Prefácio
Oração Eucarística
– Rito da Comunhão
Oração da Paz
Fração do Pão
Comunhão e Ação de Graças
Oração Pós Comunhão
– Ritos Finais
Avisos à Comunidade
Benção final e despedida
Ritos Iniciais:
Nos ritos iniciais estão fundamentados o início da celebração, e esta se inicia com a Procissão de Entrada, onde o celebrante, reunido com os demais ministros ordinários e extraordinários, caminha saindo da sacristia (na maioria das vezes, pelo corredor central da igreja) em direção ao altar.
Ao chegar no altar, o celebrante faz reverência ao altar, inclina-se e beija-o, representando o sinal da entrega do Cristo ao seu Santo Sacrifício.
Dirige-se á sede de onde presidirá a celebração, e saúda o povo com a Saudação Inicial
Depois de saudar a comunidade, pode-se dirigir algumas breves palavras sobre a celebração do dia, e em seguida, convida todos a se reconhecerem necessitados da graça de Deus e inicia o Ato Penitencial, ao encerrar, ele absolve o povo.
Em seguida, o celebrante convida o povo ao Hino de Louvor, que pode ser omitido se a celebração ocorrer em dia de semana, ou nos tempos do Advento e Quaresma, ou em ocasiões onde não se é oportuno cantar o “Glória”, como em Exéquias ou 7º dia.
Independente da omissão ou não, o celebrante prossegue com a Oração do Dia ou a dita Coleta, onde o sacerdote apresenta, em primeiro momento, as primeiras intenções da assembleia ao Senhor.
Liturgia da Palavra:
O celebrante e os demais se sentam em seus lugares.
Dirige-se ao ambão o leitor, seja ele um leigo, um religioso ou ministro ordenado presente na celebração, que faz a Primeira Leitura. Em seguida, prossegue-se o Salmo Responsorial, seja ele cantado ou recitado por outro leitor. Por fim, de acordo com a liturgia diária, pode ou não haver uma Segunda Leitura, também a ser proferida por um outro leitor. Em períodos de grandes solenidades, como na Vigília Pascal, em Pentecostes, no Corpus Christi ou outras festas solenes com liturgia própria, entre a Segunda Leitura e o Evangelho se canta a Sequência, uma espécie de canto referente a celebração.
Seguidamente, tendo ou não Segunda Leitura/Sequência, o diácono se dirige ao celebrante, e diante dele pede a benção para proclamar o evangelho, por sua vez, o celebrante responde:
Se não houver o diácono, o próprio celebrante, levantas-se e diante do altar, em baixa voz, diz a seguinte oração:
De toda forma, nos domingos e solenidades, o Evangeliário (ou livro dos evangelhos) é carregado em procissão solene com o incenso e duas tochas até o ambão, onde se é procedida a leitura do Santo Evangelho, como já explicado antes.
Ao final da proclamação, o diácono/sacerdote procede conforme o missal, encerrando a leitura e bendizendo o povo com o livro dos Evangelhos. Em seguida, inicia sua homilia, prefira-se que as homilias sejam feitas principal e preferencialmente nas celebrações dominicais, podendo ser omitidas ou feitas em forma breve durante o decorrer das celebrações diárias.
Ao final da homilia, o celebrante conduz a comunidade a professar sua fé através do Credo, seja a forma longa (Niceno-Constantinopolitano) ou a forma breve (dos Apóstolos), com obrigatoriedade aos domingos e nas festas e solenidades da Igreja.
Seguidamente, se for oportuno e de costume da comunidade local, pode-se fazer as Preces da Comunidade geralmente sob as recomendações do ritual da liturgia diária ou da festa, solenidade ou missa votiva celebrada no dia.
Liturgia da Eucarística:
O celebrante e os demais se sentam em seus lugares.
Se houver algum diácono ou outro sacerdote presente, dirigi-se ao altar e prepara as oblatas, conforme já mostrado nesta apostila, ou se não o próprio celebrante prepara o Ofertório.
Aos domingos e solenidades, após apresentar as oblatas, o celebrante incensa-as e juntamente, o altar e a cruz presente no presbitério, seja junto ao altar (Cruz Processional) ou na parede do presbitério.
Depois de incensar, o celebrante entrega o turíbulo ao turiferário ou ao diácono presente, que o incensa e seguidamente incensa os demais concelebrantes, e depois incensa o povo presente na celebração.
E diante do altar, o celebrante profere a Oração sobre as Oferendas, e depois de fazê-la, inicia a Oração Eucarística com o Prefácio, seja ele próprio da Oração, seja ele próprio da celebração dominical ou de solenidade/missa votiva que se encerra com a invocação do Santo (Santo é o Senhor, Deus do Universo), e por fim, o celebrante conduz a Oração Eucarística, sempre de uso de acordo com o indicado pelo missal ou rito próprio da celebração.
Na Oração Eucarística, o celebrante oferece as oblatas por toda a Igreja, pela sua unidade e pelos que a constituem, pelos vivos e falecidos, e pelo auxilio dos Santos para que todos os que participam do Santo Sacrifício possam participar com eles da Vida Eterna, e encerra invocando e oferecendo na Doxologia (Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo…), enquanto eleva a patena e o cálice, com o auxílio do diácono presente ou de outros concelebrantes.
Rito da Comunhão:
Após a doxologia, o celebrante convida a comunidade local a rezarem juntos a oração do Pai-Nosso, que se prossegue em sua forma comum até “Mas livrai-nos do mal”, sem o Amém, onde o celebrante prossegue pedindo que o Senhor Deus livre-os de todo o mal, lhes dê a sua paz e que estejam todos sempre livres de todos os perigos, presentes e futuros. Após isso, ele procede a Oração da Paz, onde pede que o Senhor dê a sua paz a sua Igreja, como desejado, encerrando com a saudação da paz (A paz esteja convosco…)
Desejando a paz do Cristo ao povo, o celebrante fraciona o pão consagrado sobre o cálice, genuflete e adora, e durante a Fração do Pão, ergue o pão partido sobre o cálice e diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo…”.
Seguidamente, ele comunga do pão e do cálice, e preferencialmente toma a âmbula e vai distribuir a comunhão ao povo, enquanto os demais concelebrantes comungam diretamente do cálice e da patena e repartem a comunhão aos demais servidores do altar
Enquanto se comunga, pode-se entoar algum canto ou antífona apropriados que se conduza ao momento de Ação de Graças pela comunhão realizada.
Após todos comungarem, os servidores do altar, juntamente dos diáconos presentes ou de demais concelebrantes, purificam os objetos utilizados e os organiza novamente na credência. Enfim se encerra o momento com a Oração Pós Comunhão, feita pelo próprio celebrante, de pé, junto ao missal.
Ritos Finais:
Após a oração, todos se sentam e se for oportuno, fazem-se os avisos da comunidade, de preferência nas celebrações dominicais onde o povo se reúne em maior número. Ao final, se for preferível em dias de festas de padroeiro, novenas ou missas votivas, reserve-se ao espaço para as orações próprias das devoções celebradas no período.
Enfim, o celebrante encerra a celebração com a Bênção Final ou Oração sobre o Povo, despedindo o povo e desejando que todos sigam na Paz do Ressuscitado. Beija o altar e faz a reverência, saindo para a sacristia com os demais participantes do presbitério.
– Demais instruções para a celebração da Santa Missa:
É conveniente que se utilize para o seguimento correto da celebração, o uso do Missal Romano (disponibilizado no dia desta formação) e da Liturgia Diária (de preferência do site “Pocket Terço”)
Também convém que se for uma celebração específica, como Missa de Ordenação, Dedicação ou Festividade/Solenidade de algum Santo da Igreja, que se preste atenção se haverá algum folheto específico para acompanhar a celebração.
A leitura dos folhetos, com base nas mesmas divisões do Missal, devem ser lidos da seguinte forma:
Em preto, simplesmente: São as falas do celebrante.
Em negrito: São as respostas às falas do padre, pelo povo que acompanha a celebração.
Em vermelho: São as Rubricas; as instruções para a celebração.
PARAMENTOS SACERDOTAIS
Estes paramentos são exclusivos a todos aqueles que se encontram a partir de Padre na hierarquia clerical da Igreja, isto porque todos possuem o múnus sacerdotal. São eles:
Estola Sacerdotal: é uma espécie de cachecol jogado pelos ombros, representando o múnus sacerdotal exercido pelo padre na celebração da Santa Missa e demais sacramentos. Sua cor também varia com o tempo litúrgico.
Casula Romana: É uma espécie colete usado por cima da estola sacerdotal e da túnica. Representa a Cruz do Cristo, carregada pelo celebrante enquanto está “In persona Christi” Sua cor altera conforme o tempo litúrgico.
Casula Gótica: Também como a Casula Romana, representa a Cruz do Cristo, porém um modelo mais aberto cobrindo os braços. Muda de cor de acordo com o período litúrgico e é de uso obrigatório pelo celebrante.
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